Tema não amar. Ame temer.

Por Renan Hannouche
CEO at Stape Music, Co-Founder at Saly, Let’s and Justin. Forbes Under 30 2019

Aprendi que nós seres humanos somos movidos por três coisas, pelo medo, pela correntezae pelo amor.

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Quando sentimos medo, ativamos nosso sensor aranha, é um sensor de sobrevivência, de necessidade, normalmente algo está faltando ou algo faltará, é a economia baseada no medo, na escassez.

Isto está mais presente no nosso dia a dia do que a gente imagina, desde nossas casas, sobre como educamos nossos filhos, orientados a “Menino, desliga este chuveiro que vai faltar água no mundo.” a até “O que você quer ser na vida? Se você quiser ser alguém é melhor você começar a se mexer…”. São muitos os exemplos, muitas as formas e muitos os locais. Não é diferente no topo da cadeia alimentar, na presidência do nosso país. Se pensarmos, é através do medo, da insegurança que a população obedece. Medo de pagar multas, medo de ir pra cadeia, medo, medo, medo. 

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O pior é conviver diariamente com isto, a tal frase tão temida e repetida no mundo corporativo “Ninguém é insubstituível” nos faz sentir instabilidade, insegurança, MEDO. Não há apenas o lado negativo do medo, normalmente quando também estamos enfrentando desafios, vivenciando experiências pela primeira vez, sentimos medo, inclusive proporcional ao tamanho do desafio, do desconforto. Já este medo, por sua vez, é saudável e se encarado e usado como combustível se torna um super nitro para nossas vidas, este é necessário e relevante, afinal, nos leva adiante.

Há também o movimento por correnteza, este por sua vez tem uma série de apelidos e tem até uma música própria. É também conhecido como modo Zumbi, morto-vivo, robô, automático, substituível, disco arranhado, e a lista continua… A música em sua homenagem contém a seguinte parte “deixa a vida me levar, vida leva eu.”. Sinto informar, mas este é o pior lugar para se estar. Pior mesmo é ver que os que são adeptos deste tipo de movimento “estático” são aqueles que também estão na zona do medo, do medo ruim, aquele que não tem nada a ver com crescimento. Aprendi inclusive que muitos seres humanos nesta realidade são aqueles que reclamam de tudo. E nesta onda de reclamar, aprendi que podemos nos dividir em dois tipos de seres humanos, os do SIM e os do NÃO. Aqueles que sempre aceitam os desafios, buscam os desafios, o novo, o desconforto confortável, que transformam qualquer dor em amor. E aqueles que desistem, reclamam, julgam. E nesta onde de reclamar, de julgar, aprendi que caso formos jogar uma pedra, a melhor forma é jogá-la embrulhada com um papel e com uma espuma amarrada em volta. A espuma vem pra amortecer o impacto e o papel vem com uma sugestão. Ainda sobre falar dos outros, aprendi que:

Pessoas sábias falam sobre ideias, pessoas comuns sobre coisas, pessoas medíocres sobre pessoas.

Sócrates

QUEM SOMOS NÓS?

Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra. Caso você não tenha, wow, lembre-se apenas de embrulhar com o papel e a espuma.

Quando penso sobre nos movermos por correnteza, entendo o porquê tantos temem a máquina, o poder dela nos substituir e aí percebo que não é que ela irá nos substituir, é que ela virá tomar o lugar que já é dela, ou seja, o de fazer coisas de forma repetitiva, automática, eficiente. Lembremos, se pudermos descrever o que fazemos, em breve a máquina irá nos substituir.

Aqui minha provocação é muito em cima de ousarmos fazermos o diferente, o novo, seguirmos nosso coração, que palpita acelerado em meio a esta imensidão de opção. Aqui meu convite é para sermos mais verdade, menos máscara; sermos mais empatia, menos julgamento; sermos mais virgens, fazermos mais coisas pela primeira vez, e menos robôs. Afinal, todas as vezes que nos enchemos de curiosidade e entendemos que a vida está cheia de virgindades para a gente perder, é quando encontramos caminhos de aprendizado infinito, Endless Learning. Inclusive se você quiser ver se você é mais humano, robô, ou está no meio do caminho, segue um teste:

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MAPA DA SINGULARIDADE

Este é o movimento mais intenso, mais feliz, mais verdadeiro, mas o mais difícil de se encontrar e de se manter, o amor. 

Fazemos loucuras por amor, jogamos fora as limitações, as barreiras, as desculpas, as inverdades. Quando amamos somos nossa melhor versão, a mais pura, bem intensionada e sincera. Por amor fazemos qualquer coisa, vamos a qualquer lugar, caminhamos sem reclamar.

A única coisa mais forte do que o medo é o amor, porque Deus é amor.

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

(1 Coríntios 13:4-7)

Neste misto de medo, correnteza, movimento e amor, acredito que tememos tanto amar que subestimamos o poder dele enquanto inteligência. Usamos nossa mente, e esquecemos que:

A mente, mente; mas o coração não. 

Contudo é preciso ter coragem para seguir o coração. Palavra esta que tem sua origem no Latim CORATICUM, e possuía o mesmo significado. Este termo latino é composto por COR, que significa “coração” e o sufixo –ATICUM, que é utilizado para indicar uma ação referente ao radical anterior. CORATICUM seria, literalmente, ação do coração.

Assim, os convido para agirem com o coração, entregarem amor e colherem abundância, porque:

Tema não amar. Ame temer.


Texto pelo parceiro Renan Hannouche publicado em 02/09/2019 no LinkedIn

Conheça Renan !!!

Renan Hannouche

Renan Hannouche é um super nerd apaixonado pelas pessoas, suas histórias, e em transformar seus problemas em inovação. Ajuda organizações e executivos a se prepararem para as grandes mudanças que vão mudar a humanidade mais nos próximos 20 anos do que nos últimos 300 anos ao construir estratégias de inovações disruptivas e incrementais através da utilização de tecnologias exponenciais e frameworks autorais.
Com cursos em Standford e na Singularity University, é também investidor anjo, mentor, TEDx Speaker, professor e co-fundador da Stape Music, Endless Learning, Let’s, Saly, Justin e IKONE

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