Por André Navarrete
CEO da Optimize Group, Co-founder do GETIC e de vários outros grupos que reúne as principais lideranças do mercado.
Protagonista é uma palavra de origem grega, que significa competidor principal. Ao longo da história, o mundo sempre contou com protagonistas, como Sir Winston Churchill, primeiro-ministro inglês que comandou os aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Mais recentemente, tivemos líderes como Bill Gates (Microsoft) e Steve Jobs (Apple), que levaram a tecnologia da informação para todos os campos de nossas vidas: negócios, educação, cultura, lazer e comunicação.
Mas não devemos pensar somente nos gênios, nos heróis, nos grandes filósofos, cientistas, descobridores, astronautas e líderes políticos. Os protagonistas da transformação são os empreendedores que apontam caminhos para potencializar os efeitos da tecnologia, da inovação e da alta gestão.
Assim como no futebol, em que os bons jogadores chamam a responsabilidade para eles nos momentos críticos das partidas, os principais atores das transformações se deslocam e promovem mudanças. Não aceitam o status quo, expressão latina que significa “mesmo estado que antes”.
Em um mundo em constante mudança, o hoje estará ultrapassado amanhã. Para um país em desenvolvimento como o Brasil, que já é protagonista no agronegócio, os grandes desafios estão na gestão da educação e da tecnologia.
Periodicamente, novos países se capacitam para disputar mercados globais, aumentando o número de ‘players’ nesta disputa. Analisemos, por exemplo, a Ásia. O Japão foi a primeira potência econômica e tecnológica da região. Seguiram-se China, Coreia do Sul, Hong Kong (que voltou ao domínio chinês), Taiwan e Singapura. Hoje, são acompanhados por Malásia, Filipinas, Tailândia, Indonésia. Mais recentemente, pelo Vietnã. Colhem os resultados de investimentos em educação, ciência e tecnologia, e de ajustes econômicos em prol do mercado.
Para concorrer com tantos emergentes, temos de estimular e abrir espaço ao protagonismo. Temos de oferecer um ambiente de liberdade econômica e de respeito aos contratos para que os empreendedores tirem suas ideias do papel e criem novas fontes de riqueza. Só assim voltaremos a crescer e a movimentar as engrenagens do desenvolvimento. Que, por sua vez, gerarão trabalho e renda, e ajudarão os governos a equilibrar suas contas, para que voltem a investir em infraestrutura e na área social.
Esse círculo virtuoso, portanto, passará necessariamente por muitos protagonistas que tomem a frente dos processos criativos e inovadores. Temos de pavimentar o caminho por onde transitarão, rumo ao desenvolvimento.
Conheça o Navarrete

Empreendedor e produtor executivo de encontros relacionados à empreendedorismo, tecnologia, gestão e inovação. É CEO do Optimize Group.
Iniciou sua trajetória na área técnica, passando para gestão e, em seguida, para o empreendedorismo. Ajuda empresas a reduzir custos, a acelerar processos e a se reinventar. Gosta de fazer amigos e de movimentar o ecossistema do qual faz parte.
Desenvolveu uma metodologia própria para engajamento que possibilita um modelo de negócios especialista e que garante o ROI.