Por Clímaco Feitosa
Chief Technology and Innovation Officer na iLand Soluções, Co-Fundador do Centro de Excelência Cloud e Presidente do Comitê de TI da AMCHAM Recife.

Acho que todos aqui já ouviram falar do termo Unicórnio, quando nos referimos à negócios. Uber, AirBnB, Nubank, IFood, fazem parte dessas listas de empresas (a maior startup do mundo é a chinesa Ant Financial – avaliada em U$150 bilhões). Uma startup é considerada um Unicórnio, quando é avaliada em mais de 1 bilhão de dólares antes mesmo de abrir todo seu capital nas bolsas de valores. O nome “Unicórnio” é dado justamente pela comparação de dificuldade entre alcançar esse marco e encontrar a criatura mítica.

Os unicórnios são geralmente disruptivos, quebram paradigmas, famintas por novos usuários, tem crescimento exponencial para gerar retorno aos investidores e geralmente, enxergam o mercado como “There can be only one”.

Mas você pode estar se perguntando, o que é uma empresa Zebra? De acordo com o Zebra Company Growth Playbook, as empresas Zebra geram receitas anuais entre US$ 5 milhões e US$ 50 milhões, exigem capital de crescimento de US$ 100.000 a US$ 1 milhão e têm 5 ou mais fluxos de receita. As Zebras podem não ser empresas de tecnologia pura, mas são empresas com tecnologia habilitada. Diferentes dos unicórnios, as Zebras tendem a estar mais ligadas à economia real, a quebrar e utilizar paradigmas de uma forma mais responsável. São famintas por qualidade dos processos em que atuam para gerar cada vez mais valor para a sociedade em que se encaixam, e por isso têm um crescimento geralmente mais lento que os unicórnios. Preferem cooperar com outras empresas ao invés de comprá-las ou destruí-las. O termo Zebra surge do fato de serem realmente empresas preto e branco, o que significa que elas enxergam o mundo tanto de uma forma mais faminta por rentabilidade quanto da outra, mais sustentável para o ambiente e ecossistema em que se inserem, então são rentáveis causando impacto positivo a sociedade.

Por andarem em bandos, ou manadas, as Zebras acabam também protegendo umas às outras e são mais eficientes no uso do capital investido.

Muitas das definições acima, retirei de um texto de Dennis Nakamura, publicado no Diário do Comércio para ajudar na compreensão dos conceitos tanto das Zebras quanto dos Unicórnios.

No quadro abaixo, podemos ter um comparativo entre esses dois “seres empresariais”:

Enquanto os unicórnios tem em seu Propósito o Crescimento Exponencial, as Zebras falam em Sustentabilidade da Prosperidade. Como Consequência, as Zebras permitem uma maior pluralidade, diferentemente do “monopólio” gerado pelos unicórnios (não há dois “Uber”, dois “iFood”, e assim por diante). Já no modelo de negócios, os unicórnios utilizam o Ganha-Perde, gerando uma competição. Já os bichos preto e branco, se valem da Cooperação, em modelos Ganha-Ganha. Enquanto os bichos de chifre tem como métrica a quantidade, os zebrados, se utilizam da qualidade.

Enfim: são muitas as diferenças entre os dois entes e essas diferenças serão fundamentais na construção do seu novo negócio (se é que você tem isso em mente) ou no seu próximo investimento!

E aí? Zebra ou Unicórnio? (ou até um “Zebrocórnio” ou um “UniZebra”) – você decide!!

Texto pelo parceiro Clímaco Feitosa publicado em 20/01/2020 no Linkedin

Conheça Clímaco !!!

CTIO – Chief Technology and Innovation Officer na iLand Soluções, Co-Fundador do Centro de Excelência Cloud e Presidente do Comitê de TI da AMCHAM Reife. Com mais de 25 anos de experiência em grandes corporações de segmentos distintos, pauta hoje sua carreira em inovação e negócios.

Vem trazendo uma visão de “coopetição” no mundo dos negócios, para geração de empreendimentos com viés cooperativo visando entregas consistentes para o mercado, que é cada vez mais competitivo.

No Centro de Excelência Cloud, suas atenções estão voltadas para ampliar os horizontes do ecossistema de tecnologia da região, gerando conexões entre os principais players de tecnologia e as necessidades do Mercado.